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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Deus Está no Controle de Tudo



“Sem o amor, o que significa viver?”,pergunta-se Dom Quixote.

É claro que é legítimo desejar o amor. É claro que devemos cultivá-lo em todos os lugares onde ele possa existir. É claro, com ele somo mais vitais e felizes. E mais bonitos. É Claro que o amor traz amadurecimento. O amor é recompensador, e para ele nenhuma montanha é intransponível.

Mas como o mais desejável dos sentimentos pode nos fazer sofrer tanto como consegue fazer da nossa vida um inferno e nos transformar - ate então; as pessoas mais razoáveis do mundo – em obsessivos, fetichistas, furiosos, ciumentos, vampiros?

Antes do amor, quem nos considerava capazes de mudar tanto a ponto de nos tornar irreconhecíveis? Quem teria acreditado que pudéssemos ouvir músicas melosas, vigiando o celular feito adolescentes apaixonados? Que pudéssemos ficar de plantão à espera de uma “aparição”? Que iríamos percorrer quilômetros apenas para rever os olhos negros que nos causam vertigem e insônia?

Como o mais elevado dos sentimentos pode tanto nos transformar em homens e mulheres tão admiráveis? Por amor nos tornamos maratonistas, grandes leitores, campeões da organização e da pontualidade, chefes de cozinha, artistas, pintores, poetas, profissionais de alto nível.... Como o amor pode arrasar pessoas antes deslumbrantes?

O que é essa paixão que nos impede de viver e ser nós mesmo: uma doença? Um trauma infantil que emerge à superfície de nossa história e nos vira pelo avesso? Ou um sentimento humano, demasiadamente humano, uma emoção banal da qual acreditamos ser os primeiros a sofrer de tal maneira, tão contundente.

Por que é visceralmente impossível romper relacionamentos que nos acorrentam, destroem e despedaçam, se atualmente separações são tão comuns? Por que nos falta coragem para deixar esse homem ou mulher que pode nos torturar de mil maneiras com pequenas frases assassinas, traições, armadilhas e subendidos, que nos leva a dizer o contrário do que pensamos, a agir de modo oposto à nossa vontade?
Essas pessoas que nos arrasam são doentes, sádicas, perversas, manipuladoras, inescrupulosas ou apenas inocentes que nada nos pediram?

Enfim, qual nosso papel nesse drama conjugal e amoroso? Somos masoquistas, condenados a repetir um cenário afetivo doloroso herdado da infância? Somos vítimas condescendentes de carrascos superardilosos? Ou somos apenas azarados, cuja única culpa foi ter sido seduzidos, num momento ruim, por pessoas más?

Falando de outra maneira, somos culpados ou responsáveis? Se sim, qual a acusação? É nossa culpa a paixão nos invadir? É nossa culpa o homem ou mulher adorado ou odiado nos obcecar, derrubar, enganar, tratar feito cachorro ou então nos vira a cara, como se nada tivesse acontecendo entre nós?”

Esta redação acima foi extraído de um livro que acabei de ler faz um dia... e gostaria de compartilhar com vocês essa bela leitura indicando-o para o seu crescimento pessoal, espiritual e amoroso. O livro foi escrito por uma jornalista chamada Patrícia Delahaie cujo título é Amores que nos fazem mal.

O livro como diz a autora é endereçado a todos que sofrem por amor, mas também é destinado àqueles que não amam mais, e que pela simples razão de não querer sofrer mais, tornaram-se blindados a esse sentimento que é capaz de transformar nossas vidas e nos ofertar a cura para nossas almas. Jung fala muito bem nisso, quando diz que o amor é a cura para a alma. É verdade, eu creio nissso! O amor sincero, aquele compartilhado com a bênção divina jamais nos destruirá e nos conduzirá ao caminho da loucura.

Eu tive duas experiências de casamento. Uma formal outra informal. E confesso, as feridas ocasionadas por essas relações mal conduzidas... de alguma forma me levaram a não acreditar mais no amor verdadeiro. Portanto, depois que procurei buscar a vontade de Deus para minha vida nessa área tão importante que circunscreve nossa existência, hoje considero que posso descansar na Sua presença e compartilhar com vocês de forma bem tranquila essas experiência que apesar de tudo tornaram-me a mulher que hoje sou. Mais madura e segura daquilo que quero para minha vida - a vondade de Deus.

Deus está no controle de todas as áreas de nossas vidas. Por isso não hesito em expor um pouco da minha intimidade aqui, pois sei que através dessas valiosas experiências muitas vidas podem ser abençoadas. A mesa está posta.

Deus quer operar um milagre na nossa vida afetiva. Ele, Deus, na verdade é tão preocupado com essa nossa área de relacionamento, que fez com que seu filho Jesus operasse seu primeiro milagre num casamento. A prova disso é que o melhor vinho nesse casamento relatado na Bíblia, foi servido no final da festa. Imaginem, numa cultura onde o melhor vinho era servido no início, nesse foi ao contrário, justamente no final. Jesus operou um milagre que para muitos era impossível.

Então eu me sinto altamente segura em inferir aqui uma coisa. Muitas pessoas tiveram seus contos de fadas dos felizes para sempre arruinados pela incapacidade de outrem de entrega para o amor. Eu sei não é fácil conviver com pessoas que foram orientados sobre outra direção, no entanto, a vida a dois é algo que fascina e nos convence de que na verdade somos completos quando temos alguém do nosso lado. Por mais que fujamos, essa é a realidade que persegue a humanidade, fomos formados para o outro. Se não fosse assim não haveria poesias, nem contos e nem cantos.
Diante dessa afirmativa quero ressaltar uma coisa importante. Embora relações frustradas tenham causado danos em nossas vidas, assim como nas bodas de Caná, Jesus, quer operar um milagre ao final.

Eu já tive a feliz oportunidade de ler a Bíblia toda, é verdade que isso faz tempo....na época do seminário...anos noventa.... hehehehe... século passado... e revendo atualmente alguns textos eu verifiquei que todo milagre realizado por Jesus teve a priori uma motivação das pessoas que buscaram receber das mãos do nosso mestre a graça almejada:

... se tão somente eu tocar nas suas vestes, sararei. Mc 5:28
... está aqui um rapaz que tem cinco pães e dois peixinhos... Jo 6:9
....Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim Mc 10:47 e mais adiante Jesus ainda pergunta: que queres que eu te faça... parece um absurdo ouvir Jesus fazendo essa pergunta a um cego, mas ele não hesitou e nem xingou Jesus. O cego poderia ter dito, numa linguagem bem atualizada, nordestina e malcriada ainda por cima – se liga Jesus, tá vendo não? Oxe! O cego aqui sou eu ou você? Pois é, mas o homem humildemente disse: - Mestre, que eu tenha vista. V 51.

São tantos os exemplos apontados na Bíblia que para termos nossas vidas restauradas precisamos dá o primeiro passo em direção aos propósitos de Deus. E ele irá completar a boa obra em nós.
Tenhamos fé e força para decidirmos caminhar a trajetória da restauração de nossas vidas. Não esqueçamos, portanto que para isso termos que trilhar os mesmos caminhos e sofrimentos para [re]visitar nossas angústias afim de [re]significar nossas vidas em Cristo Jesus.

Eu sou uma psicóloga cristã e graças a Deus hoje tenho visto claramente como é importante nos colocarmos na presença de Deus e verificar que o caminho da cura e da restauração das nossas almas feridas pelos infortúnios e percalços da vida está também a nossa implicação nesse processo.

Recorrendo um pouco a Freud, o mesmo diz sabiamente, que o nosso inconsciente não tem idade. No âmago de nossa personalidade coexistem ao mesmo tempo o adulto racional e a criança que sofre, mas essa criança que sofre é criativa, sorridente e cheia de vida e de recursos. Essa criança dentro de nós que sofre explica muitas de nossas reivindicações, nossa raiva, nossas más escolhas, nossos medos, nossa ansiedade e nossa recusa de amar. Por isso Jung nos aconselha a fazer as pazes com a nossa criança interior, buscar compreendê-la, escutar seu choro e embalá-la.
E é claro com Jesus no comando desse processo, pois Ele se importa com nosso sofrimento:
- Jesus, pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. Jo 11:33.

Eu tenho um texto aqui no meu blog que fala sobre “Quando murmurar faz bem” que discorre justamente dessa necessidade que temos de nos encolher na presença de Deus para buscarmos as suas respostas pra nossas vidas.
Reafirmo: È Deus meu amado, minha amada que vai preparar um banquete para você. Mas acho que o banquete já está preparado, sirva-se então... o tempo de cantar chegou!

Amém.

Iris