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domingo, 11 de julho de 2010

Congruência

Lutamos muito para sermos nós mesmo, mas inconscientemente receosos de sermos nós mesmo.

Este o maior dilema que cada ser tem na sua vil existência.
Quando somos crianças, o mundo parece-nos mais coerente e congruente.
Quem não lembra daquele comentário que fazíamos na frente dos vizinhos de nossos pais sobre alguma verdade tida dentro do sagrado lar, mas que era um assunto intocável na frente das visitas, como por exemplo. Quando eu era criança gostava de roer os ossos da galinha que sobrava do prato do meu pai. Lembro-me que, uma vez ele me levou a um casamento e foi servido galinha assada, não lembro se na época a tal galinha assada era chamada de galeto ou de frango assado, mas tudo bem... voltando ao assunto... eu estava junto de outras crianças comendo uns docinhos e salgadinhos intragáveis, mas, quando vi meu pai sentado na mesa do jantar saboreando o tal "galeto", não tive receio e fui ao seu encontro e falei bem alto: - Pai o senhor pode me dá os ossos para eu chupar?.... imaginem a cara do pai... deixa pra lá....
O fato, é que, quando atingimos essa tão cobiçada maior idade somos obrigados a seguir o imprinting que a cultura inscreveu desde a nossa infancia, conforme Morin: "Os indíviduos são marcados em sua maneira de conhecer e comportar-se desde a infância e se apronfunda por meio da educação familiar. O imprinting fixa o que está prescrito e o que é interdito, o santificado e o maldito. Implanta crenças, idéias e doutrinas que têm força imperativa de verdade ou evidencia. Enraiza nas mentes seus paradigmas, princípios que comandam os esquemas e os modos explicativos, o uso da lógica, das teorias, pensamentos e discursos. O imprinting se faz acompanhar de uma normatização que faz com se calem todas as dúvidas ou constentações de suas normas, verdades e tabus..."

E assim se consuma a domesticação das mentes...

Mas, e o inconsciente?
Bem essa discussão vai ficar para depois...

Mas, tema é: Lutamos para sermos nós mesmo. Queremos dizer o que pensamos, o que sentimos, expor nossas dúvidas, pensar e agir da mesmo forma... mas, somos constantementes compelidos a dizer sim quando queremos dizer não, somos influênciados pela mídia que esmaga nossos gostos pessoais e subjetivos... alista é enorme das coisas pelas quais lutamos para ser... no entanto, somos receosos em sermos o que queremos ser... e assim vivemos ciclicamente a nossa vil existência, e no final morremos... se do pó fomos tirados para o pó retornaremos...

ops.: ainda hoje aos 38 anos eu chupo os ossos da galinha, mas só na minha casa... na minha mesa... odeio comer galinha na casa dos outros ou nos restaurantes... dá uma pena ver aqueles suculentos ossos sendo jogados para os cachorros...
Mas tudo bem... os cachorros agradecem... shuashuashuashuashuauuuu, não os meus cachorros, eu não tenho... para quê aumentar a concorrência? Prefiro gatos, principalmente os de duas patas que são os melhores kkkkkkkkkkkkk


Iris Maria